Mogi Mirim já contabiliza 197 casos positivos de dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, também causador da zica e da chikungunya. O número de confirmações tem 32 casos a mais do que o boletim anterior, divulgado no último dia 12 pela Vigilância em Saúde. São ainda outras 1.562 notificações, o que deve elevar ainda mais a quantidade de munícipes com a doença. A Zona Leste segue a região com maior índice da dengue, com 103 casos positivos, seguida da Zona Norte, com 48. A região central ocupa a terceira colocação na lista, com 21 casos. A Zona Sul registra 13, enquanto a Zona Oeste tem 12 casos positivos.
Seguindo a tendência das últimas semanas, as mulheres são as mais infectadas com a doença, com 108 casos, enquanto os homens possuem, até aqui, 89 confirmações. O maior número corresponde a faixa etária entre 16 a 59 anos, com 127 casos, acompanhado da terceira idade, acima de 60 anos, com 48 casos, de 6 a 15 anos, 14 casos e de 0 a 5 anos, oito casos.
Na faixa entre 16 e 59 anos, a Vigilância em Saúde alerta para que as mulheres, com maior incidência da dengue em Mogi, tenham atenção ao fluxo menstrual, ocorrido até perto dos 50 anos e que, muitas vezes, pode mascarar o contágio da doença.
“Nessa faixa etária, até os 50 anos, as mulheres ainda menstruam e é preciso ficar em alerta com o fluxo menstrual. Se aumentar, deve-se procurar atendimento médico, fazer exames, como o hemograma, para verificar a quantidade de plaquetas e poder prevenir contra alguma hemorragia”, aconselhou a coordenadora da Vigilância em Saúde, Joalice Penna Rocha Franco.
O próximo mutirão contra o Aedes será realizado no dia 27. Os bairros que receberão a operação serão definidos na próxima semana.
Criadouros
Joalice destaca que, junto ao trabalho da Administração Municipal, através das secretarias competentes, a colaboração da população na limpeza e conservação das residências é de suma importância no combate à transmissão.
“Temos que eliminar criadouros, a população precisa se conscientizar, se sensibilizar, olhar até debaixo da cama para ver se não tem nenhum criadouro desse mosquito. Uma tampinha de garrafa já é suficiente. Não podemos deixar esse mosquito nascer, porque está cheio, temos muitos criadouros”, alertou.
Procurar a assistência médica é outro ponto crucial. “Começou a sentir sintomas, a orientação é procurar atendimento médico. Todos os profissionais das UBSs (Unidades Básicas de Saúde), seja o enfermeiro ou o técnico de enfermagem, estão à disposição para acolher, notificar e fazer os exames. Não precisa ser só o médico”, destacou.
Onde foram realizados os mutirões e operações contra o Aedes em 2019?
Janeiro
Dia 26 – Zona Norte
Santa Luzia, Domênico Bianchi, Jardim Bicentenário e Santa Clara
Fevereiro
Dia 16 - Zona Oeste
Santa Cruz, Vila Oceania, Jardim Melo, Vila Eunice, Jardim Califórnia, Jardim Santana I e II, Jardim Saúde, Jardim Aeroclube e Jardim Pissinati
Março
Do dia 11 ao 15 – Zona Norte
Tucura, Santa Luzia, Jardim Longatto, Jardim Bicentenário, Jardim Flamboyant, Planalto Mirim, Novacoop, e Jardim Helena – 63,9% da cobertura
Jardim Paulista, Parque do Estado e Santa Clara também foram beneficiados
Do dia 20 ao 22 – Zona Leste
Parque do Estado II, Guaçu Mirim, Residencial do Bosque e os Condomínios Morro Vermelho e Jequitibás – 61,8% da cobertura
Dia 23
Mirante, Jardim Elite, Vila Dias, Vila Universitária, Sehac e Jardim Quartieri
De 25 a 29 de março – Complemento dos trabalhos na Zona Norte: Murayama I e III, Parque da Imprensa e Chácaras São Marcelo
Abril
Do dia 8 ao dia 12 – Zona Leste
Jardim Patrícia, Jardim Brasília, Jardim 31 de março, Jardim Itapema, Jardim São Victor, Jardim Sbeghen, Mirante, Jardim Elite e Residencial João Bordignon Neto.
Dia 13 – 2º trecho da Zona Leste
Jardim Linda Chaib, Jardim do Lago, Jardim Conquista, Jardim Europa, Mogi Mirim II, CDHU e Parque das Laranjeiras (até a rua 26)