A Secretaria de Educação organizou nesta quinta-feira (15) o mutirão para conscientização das famílias sobre a doença denominada “mão-pé-boca”. A medida foi adotada nas 13 unidades dos Cempi’s (Centro de Educação Municipal da Primeira Infância).
A iniciativa foi em decorrência do surgimento de casos de virose nas crianças. Constatada as ocorrências, a Educação comunicou os fatos para a Vigilância Sanitária – órgão vinculado a Secretaria de Saúde. Nesse sentido, houve a decisão por encaminhar uma enfermeira para cada creche, a fim de informar os pais sobre as necessidades de prevenção.
“É fundamental que os pais ou responsáveis cuidem criteriosamente tanto da higiene pessoal das crianças quanto dos objetos ou brinquedos utilizados por elas utilizados”, destacou a secretária da Pasta, Flávia Rossi.
Na reunião com os pais, a direção da Pasta comunicou também que a partir do meio-dia, de sexta-feira (16), todos os Cempi’s realizarão um mutirão de limpeza. Na ocasião serão higienizados todos os prédios com a cloração de paredes, banheiros, brinquedos, equipamentos, móveis, utensílios.
As crianças retornam às creches na terça-feira (20), em virtude do feriado municipal do dia 19 de março.
Saiba mais sobre a “Mão-pé-boca”
A doença mão-pé-boca (HFMD, sigla em inglês) é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie mais comum de acontecer na infância, até os cinco anos de idade. Por habitarem normalmente no sistema digestivo, há a possibilidade do surgimento de estomatites.
Os pais devem se atentar para alguns sinais característicos da moléstia.
-
febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;
-
aparecimento na boca, amídalas e faringe de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas;
-
erupção de pequenas bolhas em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital.
A transmissão se dá pela via fecal/oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. Não existe vacina contra a doença.
Tratamento
Na maior parte dos casos, o tratamento é sintomático com antitérmicos e anti-inflamatórios. Os medicamentos antivirais ficam reservados para os casos mais graves.
O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta.
Recomendações
- Nem sempre a infecção pelo vírus Coxsackie provoca todos os sintomas clássicos da síndrome. Há casos em que surgem lesões parecidas com aftas na boca ou as erupções cutâneas; em outros, a febre e a dor de garganta são os sintomas predominantes. Fique atento, portanto;
- Alimentos pastosos, como purês e mingaus, assim como gelatina e sorvete, são mais fáceis de engolir; já os alimentos ácidos, muito quentes e condimentados são mais difíceis;
- Bebidas geladas, como sucos naturais, chás e água são indispensáveis para manter a boa hidratação do organismo, uma vez que podem ser ingeridos em pequenos goles;
- Crianças devem ficar em casa, em repouso, enquanto durar a infecção;
- Lembre sempre de lavar as mãos antes e depois de lidar com a criança doente, ou levá-la ao banheiro. Se ela puder fazer isso sozinha, insista para que adquira e mantenha esse hábito de higiene mesmo depois de curada.
Fonte: Dráuzio Varella