“Estamos fazendo o possível com a estrutura que possuímos”. A afirmação do Secretário de Agricultura, Ivair Biazotto, na tarde dessa sexta-feira (20), foi categórica ao explicar a situação das estradas rurais no município. Ele enfatizou que a prioridade da Pasta é atender aos locais “intransitáveis e de difícil acesso”.
De acordo com relatório elaborado por servidores técnicos há, pelo menos, nove pontos distintos nessas condições, dentre os quais são apontados as regiões próximas aos bairros do Brumado e da Figueira.
“Estamos trabalhando, estamos atentos, mas tem de ser compreendido que as distâncias entre um ponto e outros são quilométricas e, além disso, para se levar o maquinário a locais tão distintos chega a se levar até meio dia”, enfatizou.
Ele fez referência a dimensão quilométrica da zona rural. O território de Mogi Mirim possui cerca de 500 km2 de área total. Porém, apenas 60 km2 correspondem a área urbana, restando ao território rural uma área de 440 km2.
“Temos 360 km de estradas rurais”, sintetizou. Ele lembrou que a Pasta coordena, também, cerca de 200 km de vias ainda não pavimentadas de loteamentos. “No total, cuidamos de mais de 500 km de estradas”. Mesmo assim, foi reiterado que a Pasta tem a exatidão das circunstâncias das vias rurais, porém, a prioridade devido à circunstância é atender a áreas carentes de trabalhos emergenciais.
Desde a última quinta-feira (19) são realizados os serviços de manutenção nas estradas localizadas na região das Chácaras Sol Nascente e São Francisco. Nessa semana, foram adquiridas 400 toneladas de materiais granulados. “São pedras, britas e seixos que são utilizados para os cuidados essenciais das vias rurais".
Chuvas
Ainda de acordo com o relatório elaborado pela Secretaria, constando dados divulgados por institutos de meteorologia, é apontado que desde terça-feira o índice de chuva atingiu 125 mm. “Apenas na região da Bocaina foram 90 mm”, destacou.
Em alguns locais, devido à lama, fica inviável levar o maquinário. “Não houve tempo para a terra secar. Houve uma chuva contínua e a previsão é que terá mais chuvas por esses dias”, sentenciou.
A explicação técnica é que a terra não estando seca ocorre a saturação do solo e, nessas condições, é inviável a realização dos serviços. “Solo solto mais a água da chuva é uma conta que vai resultar em lama”, explanou. “E para a execução dos serviços é necessário a terra seca para a colocação dos materiais granulados”.
Outro motivo apresentado é que devido a passagem diária de veículos criam-se as “trilhas”. “Tanto que as pessoas percebem justamente aquele caminho em que os carros percorreram e causaram impacto na estrada”.
Essa situação é adversa, pois para os trabalhos serem executados devem ser removidas essa cratera, essa terra firme. Na sequência ocorre a substituição pelo material específico. “Senão é serviço desperdiçado”, ponderou.
“Precisamos da compreensão dos moradores, pois estamos fazendo o possível com o que temos e todos nós estamos lidando também com as mudanças da meteorologia”.