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Despertar a cidadania, através de uma série de ações, abrindo os olhares para uma nova visão de mundo. Foi com esse enfoque que o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgotos) promoveu, gratuitamente, em parceria com o Senac de Mogi Guaçu, o curso de Desenvolvimento Socioambiental.

Aplicado no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) Norte, o curso chegou ao final na última terça-feira, 18, encerrando mais uma ação do Projeto Técnico Social, iniciativa prevista para obras financiadas com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal e que deve atender as comunidades inseridas em bairros de maior vulnerabilidade que serão contemplados com o serviço.

No caso de Mogi Mirim, as atividades realizadas através do Senac referem-se ao projeto de execução de uma nova adutora de água bruta e da ampliação da ETA (Estação de Tratamento de Água) existente, o que beneficiará mais de 50 mil pessoas e garantirá à população o acesso à água tratada pelos próximos 30 anos.

O trabalho técnico social oferece aos moradores de bairros das zonas Norte e Leste uma série de cursos, oficinas e palestras, e tem dentre os vários objetivos, sensibilizar os participantes quanto a importância de preservar o meio ambiente e os recursos naturais, despertar o senso de cidadania e criar oportunidades de geração de renda, aumentando as chances de empregabilidade.

As atividades foram estruturadas pelo corpo técnico do Senac com base no DRP (Diagnóstico Rápido Participativo), feito por uma empresa contratada pelo Saae. Por meio de uma pesquisa domiciliar, aplicada junto aos moradores, o DRP levantou as necessidades apontadas pela própria comunidade.

Aplicada desde outubro de 2017, a iniciativa já levou para os moradores cursos, palestras e oficinas de variados temas, como economia doméstica, introdução à informática, cultivo de horta, artesanato, integração e convivência e ações de sustentabilidade, dentre outras. Também foram realizadas visitas à ETA (Estação de Tratamento de Água) e à Sesamm (Serviços de Saneamento de Mogi Mirim), responsável pelo tratamento do esgoto.

Para o segundo semestre, estão previstos cursos de Costura, Aproveitamento Integral dos Alimentos, Cuidador de Idosos e Decoração Sustentável, dentre outros. Alguns desses cursos serão ministrados em parceria com o Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural e o Banco de Alimentos, o que garante a demanda para os cursos.

As inscrições serão realizadas em parceria com os CRAS Zona Norte e Zona Leste, Fundo de Solidariedade e Desenvolvimento Social e Cultural e escolas municipais localizadas nas regiões onde o projeto está inserido.

Quem participa das atividades do Projeto Técnico Social sai com uma bagagem riquíssima de conhecimento. “O curso muda o estilo de vida. Você acha que está fazendo o certo, mas, na verdade, está fazendo errado. E passa a fazer o correto”, disse Letícia Fernanda Silveira Pascutti, que frequentou o curso de Desenvolvimento Socioambiental.

Assim como ela, outros participantes do curso destacaram o nível de aprendizagem. Para Sandro Luís Pereira, as pessoas passam a acreditar mais em si próprio para buscar o que lhe é de direito. Já Maria Paiva Cordeiro e Graciele Bonfim da Silva Lana destacaram o processo de reciclagem do lixo. “É possível ajudar o meio ambiente e obter recursos, melhorando a renda de casa”, disse Maria Paiva.

Por fim, Maria Isabel de Moraes Silva confessou que nem imaginava voltar a uma sala de aula aos 60 anos. “E esse curso foi uma aula de vida. Antes, eu reclamava do valor da conta da minha água. Agora, conhecendo todo processo de tratamento, você passa a valorizar, sabe que a água que chega nas nossas casas é de qualidade”, ressaltou.

Para a professora do curso de Desenvolvimento Socioambiental, Adriana Raquel de Paula, o que chamou a atenção foi a persistência dos participantes em frequentar o curso. “Cada um, dentro de suas dificuldades, se esforçou para participar das aulas, aprender e buscar a mudança em suas vidas”, apontou.

Fotos: divulgação