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Apenas 10% dos domicílios terão reajuste na planta genérica de valores (PGV), ou seja, somente 4.299 moradias. Atualmente, há 42 mil imóveis no município.

A maior parte dos lares figurados entre os 10% são de imóveis baldios: 64%, o que corresponde a 2.737 unidades. Somente 1.220 unidades são imóveis com edificações, equivalentes a 28%. Os 8% restantes, formadas por 342 unidades, são imóveis em construção.

A explicação foi detalhada pela secretária de Planejamento Urbano, Paula Zeferino, em reunião com os vereadores na segunda-feira (25) em companhia de demais secretários.

A declaração numérica corresponde ao fato de que os conjuntos habitacionais formados por imóveis de alto padrão – tanto em construção ou em funcionamento recente – como o Morro do Sol, Reserva da Mata e Residencial do Bosque, por exemplo, são detentores de infraestrutura e logística e paguam valores similares aos moradores da região do Parque das Laranjeiras, na zona Leste e que foi criado em 1981. Ainda hoje o local carece de investimentos estruturais.

A importância de correção da PGV é avalizada por estudos técnicos e onde são apontados que a grande quantidade de empreendimentos imobiliários ainda estão cadastrados com valor de terra de origem. O fator fundamental, porém, é o combate à injustiça social, pois alguns locais tiveram valorização mobiliária.

Outro ponto que deve ser levado em consideração é o combate à especulação imobiliária. Isto é, a oneração do custo dos terrenos baldios auxilia na diminuição do retorno econômico dos especuladores imobiliários.

Os bolsões vazios espalhados pelo município são prejudiciais, pois agridem o desenvolvimento urbano ao criar distanciamentos para a coleta de lixo e entulho, por exemplo, e viabiliza apenas o lucro de poucos proprietários de terras que esperam no local o investimento público em infraestrutura.

“Os estudos e análises técnicas demonstram que a PGV é necessária, pois colabora com os serviços de manutenção da cidade, destaca a quantia real de cada propriedade”, reiterou a secretária da Pasta, Paula Zeferino.

“A verificação é criteriosa, tanto que resultou em apenas 10% dos imóveis para majoração dos valores e, por fim, o que deve ser ressaltado é a promoção da justiça social, pois o valor agrega também a infraestrutura que margeia a propriedade no loteamento considerado pelo alto padrão e poder aquisitivo”, concluiu.