A realidade das pessoas vivendo em situação de rua. Esta foi a pauta que reuniu representantes da Prefeitura e Câmara Municipal no Creas (Centro de Referência em Assistência Social) na quarta-feira (4). No local, a Secretaria de Assistência Social recebeu diversos vereadores e assessores legislativos para o aprofundamento do diálogo e análise de mecanismos que possam solucionar o estilo de vida adotado pela PSR (População em Situação de Rua).
Ao explanar sobre a atual conjuntura, servidores técnicos da Pasta apresentaram informações referentes a 69 pessoas que não possuem residências fixa, porém estão documentados pelo órgão assistencial.
Segundo o relatório, eles formam grupo heterogêneo, mas possuem em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares fragilizados ou rompidos e utilizam locais públicos e áreas degradadas como prédios abandonados para ser o espaço de moradia.
“Fazemos o acompanhamento dessas pessoas, prestamos atendimento, mas eles optam por permanecerem nas ruas em decorrência de diversas situações ocorridas nas vidas deles. O Poder Público, ou seja, a Prefeitura não tem autoridade legal, não tem amparo jurídico para os instalarem em definitivo em determinado local”, explicou a secretária da Pasta, Leila Iazzetta.
“O atendimento à população em situação de rua ocorre dentro das possibilidades da Secretaria, em especial na terça e na quinta feira pela manhã, quando tomam banho e café da manhã, lavam roupa e passam por atendimento individual e grupal no Creas”, complementou.
Uma das iniciativas para prestar atendimentos mais específicos à PSR será a locação de um prédio situado na ladeira São Benedito. “É o local onde ficava o Cebe. Vamos pagar um valor bem abaixo do mercado e utilizaremos a própria mão de obra dos moradores em situação de rua, pois dentre eles há pintores, pedreiros e outras qualificações para fazermos uma reforma gradativa no local”, definiu.
Além da PSR, cerca de 15% da população – o que corresponde a mais de 22 mil cidadãos – formam o público-alvo dos serviços oferecidos pela Pasta. Com esse contingente, a Assistência Social canaliza seus recursos para famílias em situação de extrema pobreza abrangendo crianças, adolescentes, idosos e portadores de necessidades especiais.
Os recursos também são destinados às OSC’s (Organizações da Sociedade Civil), entidades que prestam atendimentos aos idosos, acamados ou não, de maneira permanente.
Além dos órgãos assistenciais, a Pasta gerencia diretamente as unidades de Cras (Centro de Referência de Assistência Social) com unidades instaladas no Jardim Planalto e nas regiões Leste e Norte, bem como o Creas na região central, além do CIS (Centro de Integração Social), o Conselho Tutelar, a Vila Dignidade e o Pró Idoso.
O encontro é a primeira etapa de diálogo envolvendo os serviços sociais aos moradores. Os vereadores se propuseram a promover uma audiência pública para discutir a situação com a população.
Foto: divulgação