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Mogi Mirim será contemplada com repasse a fundo perdido do FEHIDRO (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) para ser aplicado no projeto destinado a implantação de um banco de dados digital, com a atualização do cadastro técnico da infraestrutura de distribuição de água e coleta de esgoto através de um Sistema de Informações Geográficas.

Serão cerca de R$ 179,5 mil de repasse. Junto a contrapartida de R$ 119,6 mil, o município terá pouco mais de R$ 299 mil para a execução da iniciativa. Indicado ao FEHIDRO em abril deste ano, o projeto foi aprovado durante a 70 ª Reunião Plenária Ordinária da CBH Mogi (Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Mogi Guaçu), realizada no dia 28 de junho, no município de Santa Lúcia. O recurso deverá estar disponível ainda neste semestre.

O projeto consiste em contratar serviços de engenharia para atualizar e integrar o cadastro técnico das redes de água e esgoto do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgotos) com a localização geográfica dos hidrômetros, criando assim um banco de dados geográfico de todo o sistema do município.

A integração entre o cadastro técnico com o comercial será feita através da Implantação de um software livre de SIG. Como resultado, será possível armazenar e distribuir aos setores da autarquia informações estratégicas sobre a operação de sistema de saneamento da cidade de maneira ágil, coesa e precisa.

Atualmente, os dados existentes no Saae estão distribuídos em formato digital, em material impresso e levantamento de campo. Todas essas informações - dados gráficos (mapas) e dados tabulares cruzados e associados ao cadastro de usuários - serão convertidas em um banco de dados no modelo de um sistema de informações georreferenciada.

Os serviços a serem realizados terão como base cartográfica a restituição do levantamento aerofogramétrico feito pela Prefeitura em 2017. Assim, a empresa responsável pela atualização do cadastro deverá converter os traçados de tubulações armazenados nos arquivos do Saae para um formato digital compatível com o SIG a ser implantado.

Ao modernizar as operações com a implantação do SIG com o cadastro das redes, o Saae terá à disposição uma ferramenta de relevante importância para identificar as regiões com maiores deficiências e agir rapidamente para reduzir as perdas físicas no sistema de distribuição e melhorar a prestação de serviço aos usuários.

Para isso, é necessário ter o conhecimento correto das características físicas e operacionais do sistema, conhecendo bem as tubulações, como o tipo e a localização das redes, permitindo desenvolver as ações que tem impacto direto nos índices de perda. Só de malha de rede de distribuição de água, são 492 quilômetros de extensão, enquanto que a rede de coleta de esgoto tem cerca de 400 quilômetros.

O produto final será acessado internamente pelo Saae, via intranet, fornecendo aos setores operacional e comercial da autarquia, a possibilidade de visualizar mapas com traçados das redes de água; visualizar e localizar clientes nos mapas; visualizar setores de abastecimento, equipamentos e áreas afetadas com manobras na rede, dentre outras atividades.

A empresa que criar o banco de dados fornecerá capacitação profissional para funcionários do Saae, visando a transferência de tecnologia que permita que a equipe técnica da autarquia opere o sistema. Esta capacitação deverá ser realizada nas dependências do Saae, ao longo da implementação do sistema e conversão dos dados digitais e analógicos das redes de água e esgoto.