A Secretaria de Saúde apresentou nesta quinta-feira (6) o mais novo relatório epidemiológico sobre a pandemia em Mogi Mirim, dispondo uma análise completa sobre os efeitos do novo coronavírus na cidade. O trabalho é baseado em dados do início de abril, quando foi registrado o primeiro caso no município, a 31 de julho.

Diariamente, os números da Covid-19 são divulgados à população através das mídias oficiais da Prefeitura, por meio de boletins informativos da Vigilância em Saúde. Estatísticas mais específicas também são coletadas pelo órgão, que as utiliza para definição de estratégias de combate à doença.

Dessas estatísticas, é verificado que a cidade contabilizava 1.812 notificações, sendo 264 referentes a casos ainda suspeitos, 915 a descartados e 30 a óbitos. Havia também 633 pessoas positivadas, das quais 499 se recuperaram – ou seja, Mogi Mirim apresentava uma taxa de cerca de 80% de curados.

Avanço da doença

Desde o primeiro caso identificado, foram 113 dias de crescimento contínuo da doença. Ao longo de quatro meses, o período de maior avanço foi justamente o mês de julho, quando se registrou 411 casos, índice quase correspondente à soma dos três meses anteriores, quando foram notificados 10 casos em abril, 54 em maio e 158 em junho.

Diante desse cenário, 30 óbitos ocorreram. Desde o primeiro registro em 20 de maio, houve aproximadamente uma morte a cada 2 dias em um intervalo de 72 dias, demonstrando o alto índice de letalidade do vírus.

Idade das contaminações

Em uma divisão etária decenal, é verificada a maior ocorrência de casos em pessoas de 30 a 39 anos, seguida por cidadãos com idade entre 40 e 49, 50 e 59, 20 e 29, 60 e 69, 80 ou mais, 70 e 79, 10 e 19 e, por fim, 0 e 9 anos.

Das vítimas, 17 homens e 13 mulheres, 8 estavam na faixa etária de 30 a 49 anos, 9 na linha de 50 a 69 e 13 contavam com idades entre 70 e 90.

Distribuição dos óbitos por região

O relatório indica também a localidade das mortes, quesito em que a região Norte do munícipio apresenta os maiores números.

Na distribuição de óbitos, zonas Rural e Sul possuíam uma morte cada, enquanto Central e Leste anotavam quatro. Por suas vezes, as regiões Oeste e Norte detinham 10 registros.

Aplicação das informações

A avaliação das estatísticas é feita constantemente pelo Comissão Técnica Municipal de Contingenciamento ao Novo Coronavírus e guia a tomada de decisões do coletivo no enfrentamento à pandemia na cidade. Desde o início deste período de combate à Covid-19, Mogi Mirim reforçou sua estrutura médica com a criação de um ambulatório para tratamento de síndromes gripais, reordenou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA – 24h) e ampliou o número de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) da Santa Casa sob Intervenção a partir da aquisição de novos respiradores e reformas no espaço do hospital. Ações de conscientização e assistência à população também foram definidas com base nas informações.