Método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo como instrumento de reabilitação, a Equoterapia terá continuidade na área da Saúde Pública de Mogi Mirim. Na manhã da última quinta-feira (25), a secretária de Saúde Flávia Rossi, assinou o novo contrato com o CEJ (Centro de Equoterapia de Jaguariúna), garantindo atendimento a 50 pacientes do município pelos próximos 12 meses. A empresa, vencedora de um pregão presencial aberto pela Administração Municipal, foi a responsável por apresentar o melhor preço entre três concorrentes e segue à frente do trabalho, já realizado em 2018.
O novo contrato prevê o pagamento de 2.480 sessões, cada uma ao custo de R$ 98, atingindo o valor total de R$ 243.040,00. A expectativa é de que os serviços sejam retomados ainda neste primeiro semestre, depois de emitida a ordem de compra das sessões.
A Equoterapia é voltada para crianças a partir de 2 anos, adolescentes e adultos, portadores de deficiências múltiplas, física e/ou intelectual, transtornos neurológicos, como paralisia cerebral e Síndrome de Down, hemiplegia após Acidente Cardiovascular Cerebral (AVC), transtornos mentais, autistas, entre outros.
Além do tratamento, o Centro de Equoterapia ficará responsável pelo transporte adaptado de ida e volta de todos os pacientes, submetidos a uma sessão de 30 minutos, uma vez por semana, na sede da empresa, em Jaguariúna. Serão oferecidas quatro sessões mensais a cada paciente.
A empresa possui toda a estrutura necessária para o atendimento, com uma equipe multidisciplinar, formada por um fisioterapeuta com reabilitação aplicada à neurologia infantil, psicólogo, psicopedagogo com especialização em transtorno do espectro autista, pedagogo, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, instrutores de equitação, condutores auxiliares e guias para cada animal.
Junto ao serviço com os atendidos, ficou acordado o atendimento psicológico pela empresa às famílias de todos os pacientes.
O tratamento
O Centro De Equoterapia de Jaguariúna explica que o método terapêutico emprega o cavalo como agente promotor de ganhos a nível físico e psíquico, já que reúne características anatômicas e biomecânicas ideais e proporcionais à do ser humano.
O tratamento é capaz de inspirar nas pessoas das mais diversas idades uma conexão que trabalha sentimentos e emoções. A atividade exige a participação de todo o corpo, contribuindo para o desenvolvimento da força muscular, relaxamento, conscientização, aperfeiçoamento da coordenação motora, do equilíbrio e da melhora postural.
Cada paciente recebe o estímulo através do suporte de um profissional especializado, impactando também na melhora nos aspectos psicológicos, emocionais e sociais.
No Brasil, o tratamento é normatizado pela Associação Nacional de Equoterapia Ande-Brasil, entidade assistencial sem fins lucrativos, reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelo Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Cofito).
Fotos: divulgação